São Paulo Fashion Week part. 2


Como prometido, vamos dar continuidade à matéria do SPFW 2011, na anterior trouxe os três primeiros dias e agora vamos saber de tudo o que rolou nos últimos dias (de 31 de janeiro a 2 de fevereiro).

4º dia- 31 de janeiro
     Em plena segunda-feira o SPFW estava “bombando”, marcas como Maria Bonita, Ronaldo Fraga e Reserva foram destaques do dia.
     A Huis Clos abriu o dia em grande estilo, afastada da temporada do verão trouxe uma coleção bastante comercial, acabamento perfeito, feito para uma mulher do futuro, uma coleção com uma grande variedade de peças, tanto para o dia de trabalho quanto para curtir uma noite de baladas. As cores ficaram entre o preto, branco, cinza e o marinho, trazendo o xadrez e uma coisa que acho muiito CHIC...pelos sintéticos.

      Em seguida entra na passarela uma marca que particularmente #AMO, a Maria Bonita e é claro que ela AHRAZOU, homenageando Brasília, relembrando o tempo de construção trouxe peças incríveis, muitos vestidos, macacões e saias longas. As cores ficaram entre o cinza, o marrom alaranjado e o azul royal. As modelos usaram chapeis que lembravam os capacetes de operários e não posso esquecer de comentar da estampa poá que se fez presente em looks transparentes, dando um efeito futurista nas famosas bolinhas.

      Ronaldo Fraga veio com tudo, fazendo diferente de muitas marcas, não apresentou nenhum look monocromático, trouxe muitas estampas e formas geométricas, em cores bastante diversificadas. Renda, ponto cruz, tules, sedas e popelines incrementaram as peças que estavam extremamente trabalhadas.

     E agora enfim uma marca dedicada apenas ao público masculino, a V-Rom, que trouxe a coleção baseada em Dalai Lama e o casting de modelos, alias não eram impreterivelmente modelos, trouxe na passarela o arquiteto Marcelo Rosembaun e fotógrafos. Algumas das peças tinham um ar vintage e traziam composições e reconstruções em trench e casacos. Ah! e a bermuda aparece forte na coleção.

     E para fechar o dia a Reserva trouxe algo inusitado, os modelos eram idosos!! Brincadeirinha! Inspirado em Jay Adams e seus Z-boys californianos, Celso Kamura foi responsável por envelhecer todos os modelos, da makeup aos cabelos. O mix de influência setentista com cores chapadas, listras, estampas de animal e megaestampados. Destacaram-se também os tricôs, as calças boca-de-sino, os dolphin shorts com fivelas laterais e os paletós de neoprene.


4º Dia- 01 de fevereiro
     Mas um dia de desfiles, e já começou a bater uma tristeza nas pessoas que estavam acompanhando de perto tudo o que rolou, porque estava acabando mais uma edição do SPFW. Nesse dia tiveram desfiles Do Estilista, Jefferson Kulig e Lino Villaventura.

    O primeiro desfile do dia vou ser bem sincero, não gostei muito. O Marcello Sommer não foi muito feliz na montagem para o Do Estilista. Juntou uma tropa de modelos incríveis como Isabela Fiorentino, Cássia Ávila, Lu Curtis, Mari Weickert, Lara Gerin e as gêmeas Bittencourt, mas deixou tudo muito confuso, não teve um começo, meio e fim. A idéia me pareceu “Olha seu deu para fazer isso, Ta bom?!“. Tanto que nem sua moda masculina teve participação no desfile, uma pena. Na minha simples opinião, um ou outro vestido se salva. Poá, transparência e estampas em vestidos e saias longas.

     Mas quem fez bem foi à portuguesa Ana Salazar, segundo ano da marca no SPFW, a inspiração da coleção são as florestas de seu país de origem. As cores ficaram entre o preto, cinza e vermelho, algumas estampas e paetês em peças que também foram trabalhadas em couro. É, mas para você adquirir uma peça da Ana vai ter que se deslocar para Espanha, Itália, Japão ou Portugal, porque ainda não temos lojas aqui no Brasil. #QUEPENA


    Ao saber desse desfile, fiquei um pouco com #medo, a FH Fause Hatenfoi, trouxe uma coleção totalmente dark, algo muito sombrio, lembrando até os filmes da Saga Crepúsculo- “a Bela iria ficar belíssima nesses looks.” Mas voltando: estava tudo muito bonito e criativo, as cores ficaram entre o preto, cinza, marrom e branco. Trabalhou bem as estampas e fez bom uso do couro no tom vermelho, para mulheres dominadoras.

     Jefferson Kulig mostrou que a renda vai ser o ponto forte de sua coleção de Outono / Inverno nesse ano, as cores predominantes foram o preto e o azul. Pele sintética e estampas com fotos de girafas, gatos, onças, entre outros animais fizeram parte de vestidos e camisetas, não ouve vestidos longos nessa coleção.

     E para fechar o penúltimo dia de desfiles o Lino Villaventura homenageou Paulo Borges, diretor e fundador do SPFW. Uma coleção muito bem trabalhada, para um homem e uma mulher contemporâneos. As cores ficaram entre preto, branco e estampas em tons fortes aveludados.

6º Dia- 2 de fevereiro
    Ah, o ultimo dia do SPFW chegou, essa foi uma semana intensa e que trouxe muitas novidades para o mundo da Moda. No ultimo dia de desfiles marcas como Glória Coelho, João Pimenta e Cavalera, encerraram com “chave de ouro” essa semana glamorosa.

    Quem começou o dia foi Glória Coelho, que transferiu seu desfile para Shopping Iguatemi. E como é normal, a Glória nunca erra nas suas coleções, nessa temporada a moda feminina aparece mais sport  e urbana. E nada de frio, Gloria. A legin foi a peça chave, e mesmo usando vestidos, saias a legin estava presente. As cores ficaram entre o vermelho e preto.

     João Pimenta entra em cena e homenageia o celibatário, os monastérios e os monges em suas peças masculinas. As cores ficaram entre o preto, o branco e o intenso vermelho da igreja, vermelho sangue. Em algumas peças são muito conceituais, não vejo as mesmas sendo vendidas. O João ele agrada muito o público masculino que gosta de se vestir bem, sempre antenado no que é mais atual.

    Assinando agora a moda masculina, o Alexandre Herchcovitch traz um homem meio atômico, lembrando os que trabalham na NASA. Trouxe roupas bem modernas, tipo esses doutores que fazem experiência, e em seguida a coleção foi ganhando forma com o passar dos looks, um homem mais urbano.

    A Fernanda Yamamoto trouxe uma coleção diferente de tudo o que já tinha passado não em questão de tendências, estilos ou algo do tipo, mas sim no material que suas peças foram confeccionadas o Washi-ê, processo que funde as fibras de um papel especial com linhas e lã e que requer um cuidado maior as roupas, não pode ser levada, apenas a seco. Algumas peças deram o que falar devido à transparência algumas partes do corpo não ficaram cobertas o suficiente, tirando um pouco o brilho dos looks.

   Caro leitor, infelizmente não conseguir comentar nada sobre o André Lima e suas coleções de roupas de festa, o desfile foi simplesmente INCRÍVEL!! Dispensando qualquer comentário.

    E para fechar com TUDO a Cavalera encerra essa edição com uma das maiores coleções e fez chover em seu desfile. Han?? Isso mesmo CHOVER, foi a passarela com mais de 45 looks. Jeans, estampas (o forte da grife) jeans preto, um dos melhores looks dessa estação. Totalmente urbana e voltada para o público jovem… as roupas dizem por si só.

Ah! Chegamos ao final...#QUEPENA!! Espero que vocês tenham gostado dessa pequena cobertura, e logo mais vou trazer uma dica que tenho certeza que vocês vão amar! Com direito a sessão de fotos e tudo mais. Aguardem!

Johnas Botelho

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